Comentarista Com Formação em Psicologia Chama as Pessoas Depressivas De Covardes

O jornalista do SBT Santa Catarina, Luiz Carlos Prates, psicólogo por formação, criou polêmica mais uma vez nesta semana, por conta de seus comentários considerados preconceituosos.

Na última segunda (30), no telejornal “SBT Meio Dia”, Prates falou sobre o co-piloto Andreas Lubitz, que derrubou um avião de propósito na França e matou 150 pessoas. O rapaz sofria de depressão e escondeu isso da empresa área.

Usando este caso, que é de fato uma exceção, o jornalista falou sobre depressão e acabou sendo desrespeitoso. Disse que pessoas depressivas são “covardes existenciais” e que deviam ser “execrados” e “desprezados”.

“Nessa hora também entra o caráter. A pessoa pode, por exemplo, se suicidar. Ou pior, matar outras pessoas. Todos os depressivos são pessoas frustradas. Não são dignas de pena. O que a gente precisa é sacudir esses doentes, para que eles reflitam e revejam o que realmente é importante na vida deles, porque senão ele pode ser um perigo para ele e para a sociedade”, disse Prates.
Prates diz que, se necessário, despreza os depressivos

O apresentador opinou ainda comentando que estatisticamente os depressivos são mais perigosos para os outros. Para o jornalista, o copiloto que matou todos no acidente aéreo não tem que “ser chorado”, mas sim “execrado”. “Que o demônio receba com os braços abertos (…) O depressivo não precisa de carinho, mas sim ser apresentado às duras verdades, nada de pena, já que é um covarde. Não sinto pena de quem tem depressão, mas se for necessário, até desprezo essas pessoas”, finalizou.





Ele tem longa folha corrida de serviços prestados à burrice e ao preconceito. Quando na RBS, culpou “os miseráveis” pelo aumento de acidentes de carros.A ditadura foi responsável por um período em que o país “nunca cresceu tanto”, disse. “Estradas rasgaram o Brasil, universidades foram multiplicadas. Ciência e tecnologia começaram para valer no país sob a tutela dos militares.” Liberdade ele tinha como jovem. “Não era molestado por quem quer que seja. Eu tinha segurança de cidadão brasileiro. Hoje, saia a noite. Não tem mais segurança”.

Ele acha que precisamos de aulas de moral e cívica e tem receitas para as famílias. Uma criança “gazeteira” de 8 anos está perdida. Ela não vai mais “se emendar”. “Ela já passou de formação do caráter, que vai até aos seis anos, se tanto. Daqui em diante, será sempre um cara perigoso, para não dizer pior”, afirma.

Não vamos colocar o vídeo do tal comentarista que se diz psicólogo de formação. Além de conter uma série de asneiras sobre o que é a depressão, ele incita as pessoas a acreditarem que a depressão está ligada à atitude homicida do copiloto, o que não tem nada a ver. Esses discursos de ódio, preconceituosos e generalizantes são uma tática que estes comentaristas de opinião se utilizam para ganhar destaque nacional. Muito triste que as coisas sejam assim.

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