“Só o dono da dor sabe o quanto dói”!

Não sei a quem é atribuída esta frase, mas quanta verdade há por trás dela. De fato, só quem convive com uma dor crônica, seja qual for, e aqui, considero as dores emocionais também, sabe o quanto a dor é lancinante e o quanto pode trazer de sofrimento.





A pessoa com dor crônica por vezes chega à beira da desesperança, desânimo e depressão.
Mas, ninguém a vê como um ser em profundo sofrimento físico e psíquico.
Poucos são capazes de demonstrar empatia. Talvez pelo fato de ser impossível saber o grau insuportável dessa dor.
Enquanto a maioria das pessoas julga esse ser um fraco, preguiçoso, sem força de vontade para levantar-se e se lançar à vida. E os relatos de desrespeito são numerosos tanto por parte de familiares e amigos próximos quanto de profissionais da saúde e empregadores. “Você não parece doente”; “Isso é coisa da sua cabeça”; “É estresse, é psicológico”… e por aí vai, um absurdo após outro.
Esse levantar-se, física ou emocionalmente, é extremamente dispendioso para quem está nesta condição. Não há “passe de mágica”. É trabalho árduo e delicado ao mesmo tempo. Cada pessoa tem seu time e isso precisa ser considerado.
Aqui vão algumas dicas que poderão ajudar:





– Procure um profissional que compreenda e ouça suas queixas com atenção e respeito.
– Tente a terapia cognitivo-comportamental. Você aprenderá técnicas que comprovadamente reduzem a dor, cansaço e melhoram o humor.
– Não pare as medicações de repente, sem o conhecimento do seu médico. Lembre-se que há um tempo de adaptação e que os efeitos colaterais vão diminuir. Caso seja necessário trocar de medicação, seu médico vai avaliar isso.
– Não pense que, se os sintomas piorarem, o tratamento parou de funcionar. Toda condição crônica é feita de altos e baixos. Verifique se não houve fatores estressantes que possam ter causado uma piora.
– Quando se sentir melhor aumente gradativamente suas atividades de trabalho e de interesse. Nunca exagere buscando compensar o tempo perdido. Aja com moderação.
Lembre-se: não perca nunca a ESPERANÇA!
Você não está sozinho. Busque ajuda e envolva-se no seu tratamento.

About the Author Maria Lúcia Tavares

Sou psicóloga e palestrante. Criei uma comunidade no Facebook "Sabia só que doía" para divulgar a fibromialgia e levar informação e esperança a quem se encontra nessa condição. / Instagram: malutavarespsicologa

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