Uma reflexão acerca da insegurança

A insegurança é um empecilho que causa às pessoas muitos danos, sejam eles impedimentos para a realização de um ideal, o medo, a procrastinação que faz com que as pessoas “empurrem com a barriga”, o comodismo de permanecer sempre na mesma rotina e, principalmente, os pensamentos negativos.





Digo isso, pois, diariamente me deparo com pessoas inseguras, aliás, confesso que em relação a isso, tento ainda trabalhar em prol da minha própria insegurança, afinal, ninguém está imune.

Pergunto-me, afinal, de onde surgem essas inseguranças e se, de fato, saberei lidar de tal forma que eu possa aperfeiçoar e obter uma vida com a melhor qualidade possível.

E graças ao conhecimento, experiências, bem como, atendimentos, observações, estudos… Pude chegar à conclusão de que essas inseguranças, pelo menos a maior parte delas, são aquelas que nasceram das experiências negativas, internalizadas, vivenciadas durante grande parte da nossa infância, mas que não precisam determinar a nossa forma de viver e de pensar sobre tudo a nossa volta.





O indivíduo, em sua primeira infância, é indefeso, ele depende de outras pessoas para lhe oferecer abrigo, afeto e alimento. Essa situação é universalmente experimentada e, além disso, é mantida e estimulada na maioria das culturas.

A partir de certa fase, a independência surge e começa a ser possível, então, o estímulo dos adultos para que isso ocorra. A maioria das crianças consegue atravessar essa fase sem grandes dificuldades, muitas vezes até com prazer, porém, alguns indivíduos, apresentam experiências emocionais negativas, eventos incapacitantes, ou ambos, e dessa forma, não conseguem enfrentar essa fase tão facilmente.

Essas pessoas apresentam uma grande necessidade de apoio e aceitação por parte de outras pessoas, o que faz com que mantenham ou reproduzam essas relações dependentes com adultos significativos.





Essas vivências proporcionam o que chamo de ”pensamentos disfuncionais” ou crenças negativas, que permeiam durante a vida e em vários eventos relacionais, provocando uma série de questionamentos quanto às suas capacidades, descrenças, desmotivações para se engajar em atividades novas e exigentes e um complexo de inferioridade frente a situações da vida comum.

Geralmente, pessoas inseguras apresentam comportamentos de evitação e fuga de determinadas situações com grande freqüência, causando grande sentimento de culpa e sensações desesperançosas de que algum dia conseguirão ter forças suficientes para enfrentá-las.

A partir da percepção que a pessoa tem de si mesma, é possível que ela consiga organizar suas experiências de modo compreensível e coerente. E o fazem através de processos cognitivos, que são processos de assimilação das experiências, atribuindo novos sentidos, novos valores em padrões organizados de conhecimento e sentimento, e que acontece de modo automático.

O que quero dizer, de fato, é que novas experiências podem ser incorporadas às experiências anteriores seletivamente, de modo a terem utilidade funcional e harmonia com as experiências passadas.

Ao assimilar as novas experiências, o indivíduo incorpora o que lhe é útil. Isso se aplica às percepções individuais em qualquer nível, seja de um objeto, outras pessoas ou de si mesmo.

About the Author Tamiris

Psicoterapeuta.

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