Manipulação Emocional: culpa e vergonha

Pessoas que praticam a manipulação emocional têm duas finalidades principais: gerar culpa ou vergonha nas pessoas ao seu redor.

 

Muitas vezes estamos cercados de manipuladores emocionais e não nos damos conta disso e, às vezes, o próprio manipulador não sabe o que realmente está por trás do seu comportamento.

Em muitos casos esses manipuladores passam a vida toda carregando feridas emocionais do passado que não foram curadas, que não conseguem identificar e que os fazem projetar em outras pessoas através da manipulação.

 

Quando uma pessoa adota o papel de vítima e não assume a responsabilidade pela sua vida, pelas conseqüências das suas ações, pelas adversidades e sua busca por soluções, tende a passar essa responsabilidade para as pessoas à sua volta, chamando a atenção delas de uma forma muito peculiar, fazendo com que sintam pena ou culpa por afetarem a felicidade dela.

Evidentemente, uma das piores formas de se relacionar com os outros é através da manipulação emocional. Quem manipula consegue chamar a nossa atenção incutindo culpas, delegando responsabilidades, fazendo-nos sentir menos capazes, e da maneira mais humilhante, fazendo-nos sentirmos inseguros e sem escolha.

Cada um deve se encarregar de atrair à sua própria vida afeições positivas. Cada pessoa tem a responsabilidade de ​​deixar de se fazer de vítima, de incapacitado, de “pobre de mim”.

“O medo e a fragilidade é tal que gera um clima de medo irreal, é uma manipulação, e como temos medo, tentamos encontrar um culpado por tudo.” – Ismael Serrano

Essas pessoas geralmente consomem as pessoas próximas, aqueles que tem um maior senso de sobrevivência geralmente optam por se afastar ou ignorar, mas aqueles que poderiam ser considerados vulneráveis ​​pelos manipuladores, acabam por condenar-se à dinâmica do manipulador, sentindo culpa pelo que fazem ou deixam de fazer, e sentindo pena dessa pessoa que está sempre empenhada em se colocar como vítima.

 

O melhor que podemos fazer quando nos sentimos perseguidos por um manipulador, mesmo sem identificá-lo, é uma pausa para validar as nossas emoções. Pergunte-se: Por que eu deveria sentir pena desta pessoa? Por que eu deveria sentir culpa? Até onde eu consigo ajudar essa pessoa? Quais são os recursos e ferramentas com que conta esta pessoa? Ela realmente não é capaz de resolver seus conflitos? E quaisquer outras perguntas que nos ajude a identificar se somos vítimas de um processo de manipulação emocional para que, se for o caso, tomar as medidas necessárias.

Vamos sempre ser o melhor que podemos com aqueles que nos rodeiam, mas sempre cuidando da nossa própria integridade, afinal, as pessoas manipuladoras são verdadeiros especialistas, vampiros emocionais.

About the Author Taiz de Souza

Apaixonada por psicologia, se dedica a pesquisar continuamente os assuntos mais atuais e variados relacionados a psicologia a fim partilhar artigos interessantes e confiáveis a todos que apreciam.

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