Você sabe como nos apaixonamos? E quando a paixão se torna amor? Entenda

O amor se constitui a partir de experiências de atração, que envolve o fascínio e a admiração pela grande maioria das qualidades do outro.

 

As qualidades implicam os atributos físicos e psíquicos, as capacidades relacionais, a intelectualidade, a maneira em que o outro conduz seus projetos profissionais, como vivencia a sexualidade, a maneira de agir e posicionar-se, a energia que transmite, de tal forma em que há pessoas que não tem como não se destacarem. Na atração ocorre este fascínio pelo outro em que as suas qualidades se impõem como atraentes, em que há vontade de conhecer mais.

 

Contudo, o amor não se reduz a tais experiências, acontece a partir delas. Na relação amorosa ocorre a constituição de um futuro em comum, de projetos compartilhados e vivenciados, onde essas pessoas acabam entrelaçando seus futuros. Pode começar por compartilhamento de projetos profissionais, projeto de ser pai, de ser mãe, e outras tantas experiências que acabam extrapolando a simples atração.

Importante que cada membro tenha sua identidade própria e independência, não tornando-se dependente demais do parceiro, e continuando a desenvolver seus projetos pessoais. Nos relacionamentos bem sucedidos o casal evita que os pensamentos e sentimentos negativos se sobreponham aos positivos, e acontece o exercício da aceitação integral do outro, tendo presente que nenhum parceiro será perfeito e irá suprir todas as expectativas.

Nos relacionamentos amorosos torna-se importante que o casal estabeleça objetividade na maneira de comunicar-se, resolvendo situações conflituosas e problemas que afetam o cotidiano da relação. A forma do relacionamento precisa pautar-se na reciprocidade, em que as expectativas de ambos sejam consideradas no relacionamento, e o afeto seja vivenciado com comprometimento e compromisso recíproco.

Nos relacionamentos estáveis e duradouros os casais conseguem se complementarem e se adaptarem construindo um modelo de funcionamento conjugal único. Importante que no casamento ocorra a individuação e diferenciação do casal em relação a família de origem, não rompendo o relacionamento com tais familiares, mas transcendendo e mantendo sua própria identidade e unidade de casal. Cada pessoa reconstrói sua realidade individual partindo de referências comuns e de uma identidade conjugal.

 

Nas relações amorosas torna-se importante o desenvolvimento de limites e fronteiras que protejam o casal da intrusão de outros membros, construindo uma plataforma de suporte para lidar com o estresse intra e extra familiar, proporcionando satisfação de suas necessidades psicológicas, incluindo atividades de lazer realizadas pelo casal, como passeios e viagens.

Torna-se fundamental admiração, paixão, interesses e projetos em comum, compromisso recíproco, afetividade, respeito e amor compartilhado. De acordo com Maslow, os casais felizes são autossuficientes e independem do meio externo para valorização. Ambos sentem admiração e exaltam o sucesso e as conquistas do outro, pois possuem profundo senso de segurança, autonomia e sentimentos de autovalorização.

About the Author Priscilla Tietbohl

Psicóloga, Santa Catarina, Brasil

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