Por que fazer psicoterapia?

O tratamento psicoterapêutico em tempos atuais, se por um viés acadêmico goza da alcunha que lhe é peculiar e talvez merecida, por outro lado, embora não tão enobrecido, não carrega mais o preconceito dos tempos passados, mas ainda traz consigo a perspectiva mais forte de “tratamento”, no sentido mais simples da palavra – como um evento onde somente os acometidos de sintomas patológicos ou de “estranheza” comportamental aos olhos dos que os cercam, teriam essa necessidade ou indicação.






Almejar que todos possam ser trazidos a uma visão diferente desta, mesmo que reconhecendo que deixamos no passado a ideia de “psicólogo pra louco”, pode ser pretensioso até porque, de uma forma ou outra, ainda há uma associação da terapia com a doença, desconforto psíquico ou alguma inconformidade infringida interna ou externamente. A terapia não tem, no imaginário coletivo, o viés de prevenção, cuidado e manutenção da saúde – o tratamento é buscado quando achamos ou nos dizem que: há algo de errado conosco, um mal estar, que por uma imensa maioria de vezes você mesmo sabe que não é de hoje.

Imagine que você há muitos anos sente uma dor no dente e vem procrastinando a visita ao ortodontista. Possivelmente quando o visitar será para “arrancá-lo”, ou senão coisa pior o aguarde. Pense, não apenas pelo sintoma, mas também por ele, vislumbre na psicoterapia “A” alternativa antes da dor se instaurar, sobretudo considerando o tempo de vida que ainda nos resta e a contraproposta que seria passar esse tempo ainda com essa “dor de dente” e como teria sido se ela evitada fosse.






Calma, amigo. Na terapia não será um “pedaço” de mim a ser “arrancado”, mas algo a ser descoberto, algo que trará novas possibilidades, resoluções, autoconhecimento e sobretudo um, ou várias, perspectivas diferentes de mundo, vistos a partir de mim, pois não há como ser diferente. Mas que terá – este mundo, mudado completamente porque eu mudei.

Entenda que a psicoterapia, sobretudo a análise, pode fazer hoje e sempre parte de sua vida, mesmo que você ainda não tenha sentido alguma “dor de dente”. Permita-se, o processo terapêutico será bem-sucedido a partir da sua participação espontânea e ativa. Entenda que os resultados da terapia serão sempre proporcionais à sua capacidade de permitir-se viver o processo. E quanto antes melhor! Esteja preparado e entregue-se à uma possibilidade de encontro com a sua essência, este é o caminho.

About the Author Aless Oliveira

Alessander Pires Oliveira - Formação e vocação em Ciências da Computação, também apaixonado por psicanálise, tocar guitarra e design. Providenciando o Bacharelado em Psicologia ;-) "Não compartilho meus pensamentos por que penso que vou mudar a cabeça das pessoas que pensam diferente. Eu os compartilho para mostrar as pessoas que pensam igual a mim, que não estão sozinhas."

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