10 Filmes que respeitam a Inteligência Emocional dos personagens

Recentemente a Pixar lançou uma verdadeira jóia: o filme Divertida Mente falando sobre o papel das emoções. Direcionado a um público adulto, o filme utiliza uma abordagem muito original de onde se podem tirar muitas conclusões a nível emocional e social.


A aposta deste filme na inteligência emocional é evidente. Mas, escondido de trás de um roteiro surpreendente, é possível encontrar excelentes exemplos de habilidades sociais e emocionais que, na maioria das vezes, nos passam despercebidos.

Alguma vez você já se perguntou por que certo ator exalava tanto carisma em um filme? Ou por que um determinado personagem era capaz de brilhar em todas as conversas?
Não sabemos explicar racionalmente por que a linguagem corporal, a comunicação emocional ou as ferramentas de persuasão utilizadas por alguns atores em seus papéis têm um grande poder a nível de inconsciente.
Abaixo está uma lista de 10 filmes que vão ajudar você a entender melhor os conceitos básicos das habilidades sociais e da inteligência emocional.

1. Divertida Mente – Inteligência Emocional

A lista não poderia começar sem o novo clássico da Pixar. Nele, as cinco emoções básicas (alegria, tristeza, raiva, medo e nojo) governam, dentro de uma sala de comando, o comportamento de Riley, uma adolescente em plena crise existencial que acabou de mudar de cidade com seus pais.
O filme explica magistralmente o papel das emoções em nossa vida e nos faz ver que, mesmo aquelas que consideramos negativas e muitas vezes tentamos reprimir, tais como o medo ou a raiva, têm a sua função vital.
Podemos compreender também os diferentes processos que ocorrem em nós toda vez que um sentimento nos invade, qual é a sua origem, as suas conseqüências e as formas de gerenciá-los. Tudo com um grande senso de humor, é claro.

2. Melhor Impossível (As Good as It Gets) – Empatia

O filme conta sobre a relação entre Melvin, um escritor excêntrico com transtorno obsessivo-compulsivo (a quarta doença mental mais comum em países industrializados) e seu vizinho homossexual.
O problema de comportamento de Melvin o impede de sentir qualquer sinal de empatia por aqueles que o rodeiam. Seu egoísmo é extremo e ele apenas se preocupa com as suas próprias necessidades, independente dos sentimentos ou necessidades dos outros.
Devido a uma viagem que deve realizar com outras pessoas, Melvin começa a perceber que suas ações têm conseqüências emocionais em seus companheiros e começa a entender os sentimentos dos outros. Um filme magnífico que vai ajudá-lo a melhorar sua capacidade de empatia.

3. Gênio Indomável (Good Will Hunting) – Argumentação

O personagem interpretado por Matt Damon, vencedor do Oscar de melhor roteiro original, possui impressionantes habilidades intelectuais, apesar de, provavelmente, sofrer de um transtorno de oposição e desafio, resultante de uma infância traumática.
Esta condição dificulta o relacionamento do personagem com os outros e causa um comportamento excessivamente agressivo, mas, por outro lado, o obriga a confiar inteiramente em sua enorme capacidade de argumentar para sobreviver em seu ambiente social.


Ao assistir Gênio Indomável você verá vários exemplos de comportamentos pouco assertivos e poderá observar como uma argumentação lógica, (apontando motivos (porquês) e objetivos (para quês) das mensagens) pode desarmar quase que todo tipo de confronto verbal, limitando a capacidade de manobra do seu interlocutor.

4. Wall-E – Linguagem Corporal

Wall-E foi lançado em 2008 pela parceria Disney-Pixar. No filme, ambientado principalmente no espaço, um robô de limpeza ainda está ativo no planeta terra, apesar de ter sido abandonado pela humanidade por séculos.
Quando ele conhece ELLA, um robô-sonda super avançado que foi enviado à Terra para procurar vestígios de vegetação, se apaixona por ela e a segue até a nave espacial que a espécie humana está confinada.
O filme esconde muitos ensinamentos: desde os perigos da excessiva dependência de tecnologia até o problema do consumismo e da gestão de resíduos. No entanto, uma das partes mais interessantes é a comunicação entre os robôs protagonistas, que é feita exclusivamente através da linguagem corporal e entonação de seus sons robóticos, e sem voz.
Se você prestar atenção, Wall-E vai ajudar você a se aprofundar na comunicação não-verbal através das micro-expressões dos personagens (especialmente dos olhos) e os gestos que eles usam para interagir uns com os outros.

5. Hitch Speed Dating – Sedução

Se fosse para escolher um dos muitos filmes que falam sobre sedução, Hitch Speed Dating, provavelmente, seria a melhor referência. Isso porque enquanto outros filmes se baseiam em clichês ou não desenvolvem profundamente a psicologia subjacente na arte da sedução, em Hitch Speed Dating você pode entender através do protagonista quais são alguns dos comportamentos mais atraentes para conquistar alguém romanticamente.
Will Smith interpreta um treinador de sedução especializado em fazer com que homens de sucesso profissional, mas com poucas habilidades de sedução, consigam conquistar a mulher dos seus sonhos. E como sempre acontece nos cânones de Hollywood, no final ele mesmo sofre para conquistar a garota pela qual se apaixona.
Enquanto o filme brinca com a imagem fria (e às vezes merecida) do trabalho dos treinadores em sedução, a moral final é bastante apropriada: a melhor habilidade é a confiança para ser você mesmo.

6. O Clube da Luta (Fight Club) – Liderança

Muitos filmes oferecem excelentes referências de liderança, como o caráter feudal de Lady Eboshi em Princesa Mononoke (Hayao Miyazaki, 1997). No entanto, decidimos incluir um exemplo que melhor se adapta aos tempos modernos, como o papel que Brad Pitt interpreta em Clube da Luta.
O filme contém um significado psicológico e moral interessante e o personagem de Pitt expõe vários ingredientes indispensáveis sobre o carisma e os diferentes estilos de liderança. Entre outros exemplos estão: apaixonar-se pela sua visão de mundo e emanar grande confiança.


Alguns podem contrariar que, neste caso, a distinção entre ser um líder e um lunático não está bem definida, mas a realidade é que a diferença entre os dois é, por vezes, reduzida ao fato de ter sucesso ou não.

7. O Discurso do Rei – O medo de falar em público

Quando seu pai morre e seu irmão abdica do trono, o Príncipe Albert, o segundo na linha de sucessão ao reinado da Inglaterra, se torna o Rei Jorge VI.
O principal problema é que a gagueira o levou a desenvolver uma enorme fobia de falar em público. Através de suas visitas ao fonoaudiólogo interpretado por Geoffrey Rush, ele começa a se preparar para um dos discursos mais importantes da nação até aquele momento: a declaração de guerra à Alemanha em 1939.
No discurso do rei se escondem algumas das chaves mais importantes para falar em público, como a preparação mediante a visualização da importância da prática e a síntese da mensagem. Um bom filme para começar a perder medos sociais, como o de falar em público.

8. À procura de Eric (Looking for Eric) – Assertividade

 Podemos encontrar muitos filmes onde um dos personagens transforma sua conduta agressiva ou passiva em assertiva. Isso só acontece quando se começa a respeitar os seus direitos em igualdade aos dos outros, e tenho certeza que vários exemplos podem vir à sua mente.
O protagonista de Procurando Eric é um carteiro divorciado de Manchester e em constante conflito com seus enteados que vivem com ele. Seu amor pelo futebol e ao consumo de maconha o tornam parecido com Eric Cantona, um jogador de futebol aposentado, que começa a aconselhá-lo na tentativa de ajudá-lo a melhorar sua situação.
Este filme mostra de uma forma muito vívida as mudanças que podem acontecer quando se aprende a pedir ajuda, a comunicar emoções e a defender os seus direitos.

9. O Lobo de Wall Street – Persuasão

Embora o personagem interpretado por Leonardo Di Caprio também tenha grandes habilidades de liderança, é durante a primeira metade deste filme que podemos ver melhor as várias estratégias de persuasão aplicadas à venda.
Desde o uso da autoridade, passando pela detecção de necessidades e a comunicação de benefícios, até terminar no fechamento das vendas, o filme mostra como a maioria das pessoas depende (em excesso) dos mecanismos inconscientes de tomada de decisão. Há muito o que aprender com O Lobo de Wall Street, tanto para o bem como para o mal.

10. Jerry Maguire – Círculo Social

Jerry Maguire é um bom exemplo de marketing aplicado a uma empresa de pequeno porte e também da importância de cultivar um bom ambiente social. “O importante não é o que você conhece, mas quem você conhece” seria um bom slogan para definir o filme.
Jerry (Tom Cruise) é um agente esportivo que, por uma disputa, acaba perdendo todos os seus clientes, exceto o receptor Rod Tidwell (Cuba Gooding Jr). A partir daí o filme narra os esforços de ambos para atender as suas necessidades econômicas e profissionais, e demonstra que o afeto não precisa estar necessariamente em desacordo com ambas.
A interpretação dos atores, os bons exemplos de comunicação emocional e a mensagem social que esconde fazem de Jerry Maguire uma excelente recomendação para os interessados em habilidades sociais em geral.

About the Author Taiz de Souza

Apaixonada por psicologia, se dedica a pesquisar continuamente os assuntos mais atuais e variados relacionados a psicologia a fim partilhar artigos interessantes e confiáveis a todos que apreciam.

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