Autoconhecimento: a chave que abre a porta certa

A comunidade humana vem usando muito sua capacidade intelectual para adquirir ciência em áreas tecnológicas, industriais, econômicas e etc. E isso, além de importante para o avanço da humanidade, também demonstra a impressionante capacidade do ser humano.






Vivemos hoje a era do conhecimento, a informação é a moeda de troca. O conhecimento humano nunca esteve tão em alta. Muitas formas de trabalho e de transmissão de conhecimento estão sendo modificadas, a exemplo dos novos empreendedores que abandonam a mentalidade de emprego ou as escolas que passam a ser formadoras de caráter, uma vez que as crianças estão entrando no ensino formal cada vez mais cedo.

É claro que o conhecimento é uma mina, não apenas de ouro, mas de muitos outros benefícios necessários ao bem-   -estar. Em algum momento na história humana, a evolução se iniciou com o objetivo de propiciar ao homem qualidade de vida. Já com os primeiros humanos, a busca pela evolução era levada pelo desejo de bem-estar.






O grande equívoco, que vem ocorrendo através dos séculos, é que a humanidade passou de soberana a serva desse conhecimento. O homem deixou de buscar qualidade de vida em benefício da qualidade material. O bem-estar é uma qualidade interna que só pode ser atendida quando as necessidades são reconhecidas. Ter uma casa, por exemplo, significa internamente, conforto, proteção e segurança. Os primeiros humanos buscavam cavernas nesse sentido.

Hoje, uniram-se a essas necessidade, a estética e a vaidade. Ou seja, o senso de desejo.Necessidade e desejo são coisas diferentes. Atender aos desejos é uma grande qualidade criadora do ser humano. E não há nada de errado nisso. O problema é quando passamos a satisfazer os desejos e abandonamos as necessidades. E o bem-estar só se realiza por meio do atendimento da necessidade.
E para atender uma necessidade é preciso conhecer a si mesmo. Quando a dedicação ao conhecimento se transfere para nosso interior, passamos a chamá-lo autoconhecimento. Sabemos que a grande comunidade sempre foi guiada pela educação formal, pela política, pela religião e agora, desde o último século, pela mídia. Essas entidades são grandes formadoras de caráter e orientam segundo seus interesses.
Mas, embora o ser humano necessite da comunidade para desenvolver-se, ele tem (ainda que nem todos admitam) a liberdade de pensar por si mesmo. E por isso, o ser humano tem necessidades exclusivas que só podem ser atendidas por ele mesmo.
Quando passamos a fazer uso do autoconhecimento como instrumento de vida, nos capacitamos da mesma maneira que todo e qualquer conhecimento formal nos capacita. Apenas para algo muito maior, a evolução de si mesmo.

Necessidade e desejo

Para entendermos melhor os benefícios trazidos pelo autoconhecimento, vamos voltar um pouco e falar sobre necessidade e desejo. As necessidades são orgânicas (ainda que não só físicas). Não é possível um ser humano avançar intelectualmente quando passa fome, por exemplo. Outras necessidades são segurança, proteção, aceitação, amor, pertencimento, autorrealização. Então, atender as necessidades é a condição ideal para se ter qualidade de vida e bem-estar.






Desejos são um pouco mais sofisticados. Ter o último modelo do smartphone do momento é um desejo. Para enviar uma mensagem, um celular de 5 funções fará o mesmo trabalho de um de 50 funções, certo? Ter as 50 funções, para muitos, é só um desejo. E repito, como disse no artigo anterior, não há nada de errado nisso. Afinal, quanto mais conforto melhor. E conforto, não é uma necessidade? Ahra! Aí é que está, os desejos também atendem apenas necessidades. O problema é que muitos desejos não atendem as nossas necessidades reais.
As pessoas estão enlouquecidas pelos últimos modelos de celulares, moda, carros. Mas, a tecnologia não está mais a serviço das necessidades, e sim, a serviço da ganância. Já existem lugares no mundo com mais casas construídas do que pessoas para comprá-las. Ou seja, já passamos do limite da necessidade em muitas coisas. E muito disso acontece porque as pessoas não conhecem suas próprias necessidades e buscam preencher o “vazio” deixado por elas, inventando desejos. E só quando você “se sabe”, pode identificar a linha tênue entre necessidade e desejo. Então, autoconhecer-se é ter a chave da porta certa, já que vimos que existem muitas portas (infinitos desejos). A felicidade, que é uma busca comum a todos os seres humanos, tem suas características particulares, por isso o que é sucesso para mim pode não significar nada para você. E de que lhe serviria buscar sucesso naquilo que eu acredito, ou que lhe dito como regra? Não posso saber o que é melhor para você. Só você pode.
O autoconhecimento é isso, a chave para a porta certa. Que levará você a saber o que necessita, o que deseja e a diferença entre um e outro. Mas, não é só isso. O autoconhecimento proporciona a evolução em todos os sentidos. É a chave para todo e qualquer tipo de benefício que você possa querer, mesmo que seja o último modelo de smartphone do momento.

About the Author Simone Belkis

Simone Belkis é literata e estudiosa de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Busca unir seu amor por escrever com o desejo de colaborar para um mundo melhor.

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