Quem precisa de muito para viver é emocionalmente pobre

Augusto Cury, um dos psicanalistas mais conhecidos do país, compareceu ao programa matinal de Ana Maria Braga, o Mais Você, e falou honestamente sobre saúde emocional e os dilemas do mundo contemporâneo.

 

O médico psicanalista já é um velho conhecido do público brasileiro: Cury é autor de best-sellers de autoajuda e bem-estar.

OTIMISTA REALISTA

A primeira pergunta da apresentadora foi se Cury se considera realista, otimista ou pessimista.

O médico respondeu que se considera um otimista realista e explicou que o otimista não se preocupa muito com as consequências de seus atos, ao passo que o otimista realista se importa com suas ações e é, ao mesmo tempo, repleto de esperança.

Quem ouve Augusto Cury responder com tanta lucidez não imagina o passado de tristezas que marcou a vida do autor.

 

Quando ainda cursava a faculdade de medicina teve de ser afastado da universidade por conta de uma depressão, porém aproveitou o momento para mergulhar no autoconhecimento.

Cury também confidenciou que sofre de hipersensibilidade, condição capaz de causar dores e angústias e, começou a escrever como uma forma de tranquilizar tais sensações.

Foi aí que ele conseguiu equilibrar-se que encontrou seu caminho na psiquiatria.

MENDIGOS EMOCIONAIS

Ao entrar para a psiquiatria, Cury começou a trilhar o longo e tortuoso caminho do estudo do comportamento humano.

“Existem aqueles que são mendigos emocionais. Morando em belas casas e apartamentos, eles mendigam o prazer de viver, pois precisam de muitos eventos para ter prazer. Por isso, temos recomendado que os pais não deem muitos presentes para seus filhos, porque podem viciar o córtex cerebral a necessitar cada vez mais de eventos para sentir pequenas experiências de contentamento. A melhor nutrição é a formação da criança. O melhor presente que os pais podem dar aos filhos é a sua história”, afirma o psicólogo.

E continua: “se a pessoa é minimamente atendida, o que vai transformá-la em alguém emocionalmente rico é o quanto ‘ela faz muito do pouco’. Quem é emocionalmente pobre precisa de muito, de aplausos, para sentir migalhas de prazer. O segredo da felicidade inteligente se encontra nas coisas simples. Se você não encontrar a felicidade nas pequenas coisas, será um miserável morando em palácios”.

“NINGUÉM PODE MUDAR ALGUÉM”

 

Cury aborda o tema “ciúme” explicando que há o moderno conceito de “saudade de mim”, que nada mais é o ato de cobrar do outro a atenção, o amor e o afeto que não se tem com a própria saúde emocional.

Para se livrar deste problema é preciso cobrar menos as pessoas que amamos para que a vida não seja levada a ferro e fogo.

“Eu sempre digo que as coisas ficam mais difíceis quando tentamos modificar os outros. Elogie e troque mais. Ninguém pode mudar alguém, apenas piorá-lo”, conclui.

Assista a entrevista:

Fonte: Claudia.Abril

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