Se dois homens em um mundo de mais de 7 bilhões de pessoas podem fornecer 300 milhões de euros para restaurar Notre Dame, em seis horas, então há dinheiro suficiente no mundo para alimentar cada boca, abrigar todas as famílias e educar todas as crianças. O fracasso é uma questão de vontade, um problema do sistema.
Tijolo, argamassa e vitrais podem queimar, mas não sangram, não passam fome e não sofrem. Os humanos sofrem. Em todo o mundo, de Paris a Persépolis, as pessoas estão sofrendo. Mas o sofrimento deles é diário. Não aparece em capas de jornais e não inspira doações imediatas dos homens mais ricos do mundo.
Da próxima vez que algum político tentar fingir que precisa escolher entre a falta de moradia ou a imigração, a aposentadoria do trabalhador ou um corte de impostos, um hospital infantil ou uma rodovia, lembre-se desse momento. O dinheiro está aí a um clique do dedo.